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Espécies exóticas invasoras:

A Convenção sobre Diversidade Biológica define:


a) Espécies exóticas são aquelas levadas para fora de sua área de distribuição natural — por ação humana, intencional ou acidental — e que conseguem sobreviver e se reproduzir em novos ambientes;


b) Espécies exóticas invasoras são as espécies exóticas que, ao se estabelecerem, causam impactos negativos sobre a biodiversidade local, os ecossistemas e as atividades humanas.

De forma complementar, chamamos de espécies nativas aquelas que evoluíram naturalmente em determinado ambiente ou região. Assim, o conceito de “exótica” está relacionado à origem geográfica da espécie e não ao seu valor ecológico.

Em Santa Catarina, diversas espécies exóticas foram introduzidas com fins econômicos, ornamentais ou experimentais e acabaram se espalhando rapidamente. Muitas delas se adaptaram tão bem que passaram a competir com espécies nativas, modificando habitats e alterando o equilíbrio ecológico.

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Para saber mais (links):

Lista comentada das espécies invasoras de Santa Catarina

Conheça algumas das espécies invasoras nos slides abaixo:

Pinus e eucaliptos

Ao longo dos anos, casuarinas, pinus e eucaliptos trazidos de forma experimental por Henrique Berenhauser para conter o avanço das dunas nas comunidades do Vermelho, Ingleses e Barra da Lagoa se transformaram em praga, ocuparam descampados deixados pelas antigas roças, manguezais e áreas de restinga, promovendo uma verdadeira invasão do espaço  das espécies nativas. Em 2013 a Floram (Fundação Municipal do Meio Ambiente) começou o corte das exóticas no corredor verde sobre o costão do Morro das Pedras, em cumprimento à lei municipal 9.097/2012.

Pinus sp.

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Sabia

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 Impactos de espécies exóticas invasoras

As espécies exóticas estão diretamente ligadas à ação humana, pois sua introdução em novos ambientes não ocorre por meios naturais. Espécies da Austrália, por exemplo, jamais teriam chegado ao continente americano sem ajuda humana. A maior parte das espécies terrestres e de água doce são trazidas por interesse comercial, estético ou alimentar, casos em que são levadas voluntariamente a novos ambientes. Outras espécies são introduzidas involuntariamente, como é o caso de sementes misturadas às de uso agrícola e pastoril, patógenos e a maior parte dos insetos e invertebrados marinhos. A maior parte das espécies marinhas introduzidas está associada ao comércio global por transporte marítimo, sendo os navios vetores de inúmeras espécies marinhas e de água doce.

A principal causa mundial da perda de biodiversidade é a transformação dos ambientes naturais para uso humano — agricultura, pecuária, florestamento e urbanização.
A segunda causa é justamente a introdução de espécies exóticas invasoras, cujos impactos podem ser tão graves quanto os das mudanças climáticas. Estudos mostram que espécies exóticas invasoras são a segunda ameaça mais comum a plantas e vertebrados terrestres extintos desde o ano 1500, havendo contribuído para a extinção de mais da metade das espécies listadas em categorias de extinção pela IUCN (União Mundial para a Conservação) e dois terços dos vertebrados.

Impactos comuns de espécies animais exóticas invasoras são:
 

🔹 Desequilíbrio nas cadeias alimentares — devido à predação, competição por espaço, alimento e locais de reprodução, que reduzem as populações de espécies nativas.

🔹 Hibridização com espécies nativas, gerando perda de genótipos originais, como ocorre com a tartaruga-tigre-d’água.

🔹 Redução da abundância e da distribuição geográfica de espécies nativas, aumentando o risco de extinção local e global.

🔹 Transmissão de doenças, parasitas e patógenos, tanto para espécies silvestres quanto para o ser humano.

© 2024 por Fernanda Bauzys. 

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